segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O VESÚVIO








"O bar Vesúvio foi inaugurado, mais ou menos em 1909 ou 1910,tem este nome porque foi fundado por dois italianos, Nicolau Carichio e Vicente Queverini -  Euler Amorim de Almeida, residente em Aracaju e Vicente Tourinho, residente no Rio de Janeiro, ambos boêmios dos velhos tempos, e com mais ou menos 85 anos cada um.

Em seguida foi vendido a um português, chamado Figueiredo, que era amigado com uma linda mulata chamada Felipa, de fartas ancas, muito admirada, principalmente, por Helvécio Marques. O terceiro dono, foi Durval Moreno, um mulato serelepe, nascido em Ilhéus, vestia-se muito bem e figura muito popular nas rodas de boemia na cidade. Vendeu o Vesúvio ao Sr. Costa, mudou-se para o Rio, retornando a Ilhéus, casou com uma fazendeira, antiga namorada e se estabeleceu com o bar na Bahia, situado, onde tem o estacionamento do Banco do Brasil, de frente para a rua Eustáquio Bastos e do lado para a praça Firmino Amaral, embaixo da Pensão Vasco. No tempo do Sr. Costa, tinha um animado jogo de bilhar, e um empregado do bar, de nome Gutemberg, era um jogador invencível, grande atração, pelas suas jogadas. De seu Costa levou certo tempo fechado, quando o espanhol, Armando assumiu o controle do Bar Vesúvio. Sei que Emilio Maron comprou o bar depois de 1845 e colocou outro nome, porque antes ainda muito jovem, trabalhava com o pai, Sr. Assaid, em uma sapataria, situada em uma das lojas do prédio do antigo hotel Coelho, hoje Banco Itaú. Maron, antes de comprar o vesivio, teve um bar na rua do Dendê, (Araújo Pinho) com o nome de bar "Gato Preto", cujo nome foi lembrado pelo Jornalista Amaury Fonseca de Almeida, meu colega de escola primaria, no colégio de Dona Josefina Vilas Boas (D. Zefa) Situado onde fica o lado do Ilhéus Praia Hotel. Defronte da sapataria de Sr. Assaid, depois transferiu-se para e varanda foi Teatro, onde está localizada a sorveteria de Gileno. Só em no fim de 1945 ou 46, Maron foi para o Vesúvio, com outro nome, Bar Maron, que só retornou ser a chamado Vesúvio depois que Jorge Amado publicou Gabriela.
Devo esclarecer dos proprietários do Vesúvio,os italianos e o português, Figueiredo.
No andar de cima do Vesúvio funcionou um cinema de propriedade de Sá Pereira, quando ouve o naufrágio do Navio da Navegação Bahiana o "Comandatuba", que bateu na pedra do Rapa, Sá Pereira, suspendeu o seção do cinema e colocou os holofotes para auxiliar os náufragos. Também funcionou o cabaré, El Dourado de propriedade de Mário Cardoso e Hugo o Encarregado do jogo, um dos Crupiê, era chamado Arnaldo Bereco, Capanga de Tenório Cavalcanti, acusado de ter matado o delegado Albino Imparato, Foi Delegacia de Policia e Escritório do Departamento dos portos e Canais e Vias Navegáveis".
Raymundo Sá Barreto, 20 de janeiro de 2000

Em 1987, o bar foi comprado por um empresário Suíço, Sr. Hans Koella, que trouxe funcionários da Suíça para administrar, o que não deu certo, depois passou para as mãos de um ilheense apelidado de "Badalo", filho de familia tradicional, que tentou mas não deu certo.

Quando em 2000 Guido Paternostro, arrendou o estabelecimento, fazendo essa grande reforma na forma de administrar; resgatando toda tradição do bar mais famoso do Brasil, tendo inclusive, a visita de Zélia Gattai, que se emocionou muito com a nova casa e escreveu em 2002:

"Depois de longa ausência volto ao Vesúvio de Ilhéus. Jorge Amado me recebe, debruçado na janela. Na outra - janela - Gabriela, "moça bonita", encanta os passantes. Nacib de Zkemberge, ilumina com sua graça o bar dos mais deliciosos quibes. Ora, seu Guido Paternostro, você soube honrar a tradição da casa. Parabéns ! Espero voltar sempre".
Zélia Gatta, 13 de janeiro de 2002

Em 2001 o Bar Vesúvio foi tombado pela Prefeitura Municipal de Ilhéus como patrimônio histórico.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O CABARÉT




Stock Images
Um dos pontos turísticos mais cobiçados e mais caros de Paris, o cabaré Moulin Rouge (Moinho Vermelho, em francês) completa 120 anos nesta terça-feira . Durante a semana, a casa de shows vai promover uma série de espetáculos e jantares comemorativos, evocando o clima boêmio que marcou história na Belle Époque francesa.

Fundada em 1889 pelos empresários Joseph Oller e Charles Zidler, a casa surgiu com o objetivo de atrair a elite parisiense para a região de Montmartre, um bairro marginalizado na época. A dupla encontrou nos frou-frous das saias das dançarinas, na música contagiante e nos passos do cancã a atração inovadora e envolvente que buscava para caracterizar e promover o cabaré na cidade.

Como todo estabelecimento artístico, o Moulin Rouge passou ao longo de sua trajetória por inúmeros momentos de glória e fracasso. No entanto, o cabaré se tornou um dos símbolos da história de Paris, inspirando a produção de dois filmes (os homônimos "Moulin Rouge", um de 1952, dirigido por John Huston e o mais recente, de 2001, dirigido por Baz Luhrmann, com Nicole Kidman e Ewan McGregor no elenco) e pintores como Henri de Toulouse-Lautrec. É um dos poucos lugares que, por 120 anos, mantém o estilo e o glamour da época em que foi criado e continua atraindo centenas de visitantes.

Moulin Rouge
82, Boulevard de Clichy, metrô Blanche, Paris
www.moulinrouge.fr

Bataclan -Ilhéus-Bahia-Brasil

Imagine uma casa brasileira onde você se encontra com a envolvente história de coronéis do cacau, com a riqueza da cultura da Bahia e com a sofisticação de uma gastronomia de alto padrão.

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Aconteceram-me fatos diversos que levaram a mim e aos meus livros mundo afora. Eles significaram, antes de tudo, Ilhéus. Não só porque aqui comecei a vivê-los, porque aqui imaginei a escrevê-los, mas porque a presença de Ilhéus irradiou a luz especial que ilumina essas minhas pobres páginas. (Jorge Amado)

 

 Mais que um espaço de diversão dos homens poderosos do sul da Bahia, o Bataclan serviu como inspiração para Jorge Amado ambientar seus personagens, valorizar a nossa gente e imortalizar a história de uma cidade onde ele passou parte da sua vida e iniciou sua vitoriosa carreira de escritor.
 Pelos ambientes confortáveis do antigo cabaré/cassino ainda é possível reviver a estória de Maria Machadão, 

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Ilhéus como tema me inspirou, me marcou de forma profunda o que escrevi de alma e corpo, as coisas que quis dizer em todo o meu trabalho literário da decorrência de toda a minha vida, onde tantas coisas aconteceram e acontecem com aspectos tão diferentes e diversos à realidade mais distante. (Jorge Amado)

 
 O Bataclan funciona na avenida Dois de Julho e integra o projeto arquitetônico do Quarteirão Jorge Amado, Centro Histórico de Ilhéus. No século XIX, este cenário também era composto pelo porto e o cais da antiga feira de Ilhéus, tornando a Dois de Julho uma das áreas de maior movimentação da cidade.

Bataclan teve seu apogeu entre 1926 e 1938. Frequentado pelas mais influentes personalidades da Bahia, o local servia como ponto de encontro e diversão de homens poderosos e influentes.
 O Bataclan é um patrimônio que se identifica com a saga do cacau. É parte viva de uma história que você pode visitar, usufruir, festejar e se sentir protagonista de momentos que só podem ser lidos nos romances de Jorge Amado, escritor que até hoje percorre o mundo e encanta milhões de pessoas pelos quatro cantos do planeta.
 

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  Vim prá’qui aos quatro anos. Aqui transcorreu a minha adolescência, vivi minha infância, corri nas ruas solto, livre, capaz de amar a liberdade sobre todas as coisas, pois a primeira lição que recebi desta terra foi a lição de liberdade. Ilhéus não é apenas uma bela cidade do sul da Bahia, com a tradição de luta, de violência, de vida espantosamente vivida. Ilhéus é bem diferente, é bem mais que isso. É a transformação de tudo isso em criação. (Jorge Amado)

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 Quero ainda dizer que em nenhum momento desses acontecimentos que me tornaram conhecido, deixei de me lembrar /que foi aqui onde tudo começou. Foi aqui em Ilhéus, não foi noutro lugar.” (Jorge Amado)

 Bataclan


 O Bataclan da novela Gabriela de 1975 era mais simples e modesto.
As composições e repertório eram praticamente gênuinas e Brasileiras,chegando a ser simplórias(cai,cai balão e etc...).
A arquitetura do predio condizia com o da cidade,bem discreto.
A banda era pequena composta por  músicos com influênçia de música popular Brasileira,basicamente.
Já as mulheres tinham o arquétipos bem década de XX,composta por mulheres feias e bonitas.
A Maria Machadão tinha uma personalidade bem forte.(parecia um coronel de saia)
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O Bataclan da novela Gabriela de 2012 era grande e luxuoso.(pareçendo Moulin Rouge).
As composições e repertório eram baseadas nas músicas Americanas.( Mississipe delta).
A arquitetura do predio havia uma senhora escadaria,bem chamativa!!!
A banda era bem grande pareçendo uma orquestra Tabajara.
Já as mulheres tinha muitas  bonitas e algumas feias,uma mistura de circo de Soleil com Moulin Rouge,bem moderno.
A Maria Machadão estava mais para uma artista (cantora)do que uma dona de cabaré,que tem que ter pulso firme.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A GABRIELA PREFERIDA DE JORGE


Sônia Maria Campos Braga (Maringá, 8 de junho de 1950) é uma atriz brasileira.
Filha de Hélio Fernando Ferraz Braga e Maria Braga Jaci Campos, figurinista natural de Maringá, é irmã de Júlio, Ana e Hélio e tia de Alice Braga, também atriz.


Sônia Braga estreou na carreira artística aos 18 anos, na peça teatral Hair, da qual foi a grande estrela.
No cinema protagonizou importantes filmes, como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Eu Te Amo e A Dama do Lotação. Na televisão, um de seus primeiros trabalhos foi na versão brasileira do programa educativo infantil Vila Sésamo (Sesame Street), em que interpretava a professora Ana Maria, mas seus maiores sucessos foram as telenovelas Gabriela e Dancin' Days.
A partir de 1985 foi viver nos Estados Unidos da América onde atuou em filmes e programas de televisão, tendo participado da famosa série norte-americana Sex and the City.
Foi casada com o guitarrista de jazz Pat Metheny.



 Sonia Braga sempre diz: "Sou filha de Jorge Amado três vezes: fui 'Gabriela' duas vezes, na novela da globo e no filme da Metro, e fui 'Dona Flor' no filme de Bruno Barreto". Jorge acrescenta: "Filha e amiga muito querida". Festival Internacional de Cinema em Cannes, 1985. (Zélia Gattai)
 

Após vinte anos vivendo no exterior, em 2006, Sônia regressou ao Brasil para participar de uma telenovela inteira, Páginas da Vida, de Manoel Carlos, onde interpretou uma escultora internacionalmente reconhecida. Sua última participação completa fora em 1980, em Chega Mais. Depois disso, ela participou dos primeiros quinze capítulos da telenovela de época Força de um Desejo, em 1999.
Caetano Veloso compôs duas canções inspiradas em Sônia Braga, que são Tigresa, sucesso na voz de Gal Costa, e Trem das Cores.
Posou para a revista Playboy em setembro de 1984 e julho de 1986.
Em 2007 interpretou a personagem Alice Monteiro em Donas de Casa Desesperadas, versão brasileira de Desperate Housewives.








 





JORGE AMADO POR TODOS OS BRASILEIROS


Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.

Obras do autor

Em 1995 iniciou-se o processo de revisão de sua obra por sua filha Paloma e os livros ganharam novo projeto gráfico.

                                                    Cartas

São mais de cem mil páginas em processo de catalogação, as cartas trocadas com gente do mundo inteiro, guardadas num acervo isolado da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador. A doação foi entregue com uma ressalva, por escrito: "Jorge escreveu que somente cinquenta anos após sua morte esse material devia ser aberto ao público", segundo a poeta Myriam Fraga, que dirige a casa desde sua criação, há vinte anos.
De relatos sobre livros e obras de arte a fatos do cotidiano, grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo se corresponderam com ele: Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre outros brasileiros; Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como: Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.
As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos, apresentava pessoas umas às outras, em época em que era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.
Alguns trechos retirados de reportagem exclusiva, por Josélia Aguiar, à Revista Entre Livros - Ano 2 - nº 16:
  • De Gláuber Rocha, sem data, sobre a nova película (A idade da terra, de 1980). "Comecei o dia chorando a morte de Clarice (Lispector)", inicia assim a carta para adiante falar sobre o novo filme: "Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…)".
  • Mário de Andrade, logo após ler Mar morto, em 1936, elogia o que chama de "realidade honesta" e a "linda tradição de meter lirismo de poesia na prosa": "Acaba de se doutorar em romance o jovem Jorge Amado, grande promessa do mundo intelectual".
  • Monteiro Lobato, também sob forte impressão após ler Mar morto, 1936: "Lí-o com a mesma emoção trágica que seus livros sempre me despertam", e conta que, ao visitar o cais do porto de Salvador, havia "previsto" que a obra seria escrita: "Qualquer dia o Jorge Amado presta atenção e pinta os dramas que devem existir aqui. Adivinhei.".
  • Pablo Neruda (em carta breve, com data de 16 de outubro e ano incerto, escrita a mão): "Será que no Brasil eu poderia fazer um ou dois recitais pagos?" (…) "Haverá algum empresário interessado em organizar com seriedade essa turnê?" (…).






domingo, 2 de dezembro de 2012

A CIDADE DE SÃO JORGE DE ILHÉUS






A cidade de São Jorge dos Ilhéus fica situada em local privilegiado. Recortada por muita água, sua chegada por avião é muito bonita e emocionante. O centro da cidade fica localizado numa ilha artificial formada pelos rios Almada, Cachoeira e Fundão e ainda pelos canais Jacaré e Itaípe, este último construído no final do século antepassado pelo engenheiro naval François Gaston Lavigne, oficial do exército de Napoleão. Este canal foi construído para facilitar a passagem das canoas que traziam cacau da região do rio Almada para o embarque no porto. Compondo a área de preservação ambiental da bacia hidrográfica deste rio, a Lagoa Encantada possui beleza natural impar, elevado nível de preservação ambiental, lindos passeios de barco, com cachoeiras e contato com a natureza.


Na década de vinte deste século, Ilhéus fervilhava de pessoas, de dinheiro, de luxo e riqueza. Foi construído o prédio do Ilhéos Hotel (a grafia antiga), o primeiro com elevador no interior do Nordeste, uma obra ainda hoje imponente, e o Teatro Municipal que esteve em ruínas, mas que foi reformado e é considerado um dos mais bem aparelhados do interior do Nordeste e fora das capitais.
Ilhéus sempre primou pelo bom gosto e pelo requinte, sempre teve muita ligação com a Capital Federal, o Rio de Janeiro (enquanto capital do país) e também com a Europa. Em 1921, quando inaugurou, sua casa, o "coronel" Misael Tavares ofereceu um banquete e o cardápio do jantar estava escrito em francês. Era comum as famílias possuírem pianos, muitas vezes até de cauda em suas casas e até fazendas. Vinham da Europa nos navios.

A exportação de cacau era um problema, pois era feita pelo porto de Salvador. Havia muita dificuldade no embarque e perda de qualidade e de peso. Em 1924, os cacauicultores iniciaram a construção do porto de Ilhéus com recursos próprios, e a exportação do cacau começou a ser feita diretamente na cidade, trazendo com isso a presença de estrangeiros e um intercâmbio cultural com países da Europa. Nesta época vinham dançarinas, mágicos, e também aventureiros para divertir as pessoas que possuíam dinheiro.
Havia cabarés, clubes noturnos, cassinos. A cidade era movimentada e é esta época narrada por Jorge Amado em seus romances. Uma época de muito dinheiro e de muito luxo

 





 








sábado, 1 de dezembro de 2012

GABRIELA CRAVO & CANELA




Gabriela é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, às 22h. Escrita por Walter George Durst, adaptada do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, e dirigida por Walter Avancini e Gonzaga Blota, com 132 capítulos. Abordava a seca nordestina e a pacata cidade litorânea de Ilhéus da década de 1920. Foi escolhida pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como a melhor produção de 1975.

 


  • Gabriela foi reapresentada no Brasil em quatro ocasiões:
    • de janeiro a maio de 1979, às 22h;
    • em 1980, num compacto de 90 minutos no "Festival 15 Anos";
    • em junho de 1982, às 22h15, compactada em 12 capítulos;
    • de 24 de outubro de 1988 a 24 fevereiro de 1989, às 13h30, na sessão Vale a Pena Ver de Novo, em 90 capítulos.
  • A novela foi lançada quando a Globo comemorava dez anos de existência e cinco anos de liderança nacional.
  • O ator inicialmente pensado para viver Nacib foi Jardel Filho.
  • A atriz Ana Maria Magalhães, que também participou da novela, foi cogitada para o papel principal, por ser bem mais morena do que Sonia Braga, que usava tintura para o bronzeamento da pele conforme noticiado nas revistas da época.
  • A sequência em que Gabriela sobe no telhado para pegar uma pipa entrou para a história da televisão.
  • Foi a primeira atuação em novelas das atrizes Elizabeth Savalla e Natália do Valle.
  • Sonia Braga foi elevada à categoria de estrela depois da sua atuação como "Gabriela".
  • O nome de Sônia Braga só era creditado em quarto lugar depois de Paulo Gracindo, Armando Bogus e José Wilker.
  • O artista plástico Aldemir Martins, que ilustrara os livros de Jorge Amado, foi o responsável pela abertura da novela.
  • Foi a primeira novela da Globo a ser exibida em Portugal, na RTP.
    • Foi um grande sucesso em 1977 e seria repetida mais algumas vezes pela RTP.
    • Jayme Barcellos foi convidado para o Carnaval da Mealhada, em Portugal.
    • A novela foi repetida na SIC (primeira televisão privada portuguesa) em 2004, às 16:45.
  • O sucesso da telenovela no Brasil e no exterior foi o estopim para a produção do filme, protagonizado por Sônia Braga e Marcello Mastroianni e dirigido por Bruno Barreto.
  • Elizabeth Savalla recebeu da Associação Paulista dos Críticos de Arte o prêmio de Melhor Revelação da Televisão de 1975, por sua interpretação de Malvina Tavares.
  • Única novela do extinto horário das 22:00 a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo.

Sinopse

 

A novela retratava a vida de Gabriela, simples moça do sertão baiano que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina. Moça sofrida, porém muito alegre, seduzia os homens; a novela mostrava o amor de Gabriela com um estrangeiro que não aceitava seu comportamento, ora ingênuo, ora loucamente sensual. Gabriela era uma cabocla (filha de índia com branco) brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos, e muito trabalhadora.
 

Elenco

Participações especiais

Outras participações

 

Trilha sonora

  1. "Coração Ateu" - Maria Bethânia
  2. "Guitarra Baiana" - Moraes Moreira
  3. "Alegre Menina" - Djavan
  4. "Quero Ver Subir, Quero Ver Descer" - Wálter Queiróz
  5. "Horas" - Quarteto Em Cy
  6. "São Jorge dos Ilhéus" - Alceu Valença
  7. "Modinha Para Gabriela" - Gal Costa
  8. "Filho da Bahia" - Fafá de Belém
  9. "Caravana" - Geraldo Azevedo
  10. "Porto" - MPB4
  11. "Retirada" - Elomar
  12. "Doces Olheiras" - João Bosco
  13. "Adeus" - Walker
 

Trilha sonora complementar: Uma Noite no Bataclan

  1. "A Volta do Boêmio" - Nelson Gonçalves
  2. "Malagueña" - Los Índios
  3. "Vingança" - Linda Batista
  4. "Siboney" - Orquestra Serenata Tropical
  5. "Bigorrilho" - Jorge Veiga
  6. "Mano a Mano" - Carlos Lombardi
  7. "O Meu Boi Morreu" - Cravo & Canela
  8. "Bar da Noite" - Nora Ney
  9. "Historia de Un Amor" - Pepe Avila y Los Bronces
  10. "Castigo" - Roberto Luna
  11. "Mambo Jambo" - Perez Prado
  12. "Tortura de Amor" - Waldick Soriano
  13. "Perfume de Gardênia" - Bienvenido Granda
  14. "Jura" - Altamiro Carrilho